quinta-feira, 21 de fevereiro de 2008

O Capital e a Sociedade

E o ser humano sempre teve por tendência o ''escambo'', ou troca, o interesse em objetos alheios, até mesmo em serviços de outrem, pode-se julgar como algo completamente natural. Bom, contudo toda e qualquer atividade começa de uma forma grosseira, primitiva, expontânea, isso é fato. Com o passar do tempo, tudo se moderniza, se transforma, entra em mutação, e essa mutação nem sempre traz resultados benéficos, pois existe em jogo muitas coisas, muitos dados, muitos fatos, é praticamente impossível definir o rumo de uma atividade, após o início da mesma, só com o passar do tempo, que surgirão as diretrizes que as mesmas irão tomar.
E pela natureza sempre duvidosa do homem, as ativades acabam por delinearem-se de forma política, de forma a suprir desejos e necessidades daqueles que detêm algum tipo de poder, esteja esse indivíduo inserido no meio que estiver.
E os séculos avançam, e as relações humanas progridem, o mundo torna-se cada vez mais habitado, o simples respirar deixa de ser uma mera questão existencia.
Grande evolução, grande progresso, começamos a comercializar, a troca não é mais capaz de satisfazer as necessidades da raça humana, que precisa cada vez mais obter objetos, sem importar a utilidade do mesmo na vida cotidiana de quem os adquiri.
A evolução não para, surge o termo ''economia, ''mercado'' e ''produto'' e ''consumismo'' na vida das pessoas, termos estes que marcam a vida de uma fase bestial em qual vivemos, uma fase em que pensamos tanto em obter poder de troca, o famoso ''dinheiro'', que aos poucos esquecemos de viver, esquecemos quem somos, esquecemos das pessoas, e somos dominados pelos produtos, pela ansia de consumir...
Eu me pergunto, dia após dia, ano após ano, década após decada, por que temos esse grande defeito genético, desejando ter tantas e tantas coisas, que ao menos fariam falta à nossa existência, por que queremos provar aos nossos semelhantes, que somos capazes de ter tudo aquilo que ele não o tem?
Creio que definir como infantil, a existência do dinheiro em nossa vida, seja pouco, vago, muito vago, pois dizem existir demônios, e se os mesmos existem, com certeza se materializam como cédulas e moedas, que nos escravizam, que nos prendem, que nos enlouquecem.
A vida tornou-se um mero produto, pagar pra existir, pagar pra respirar, pensem, a resposta virá facilmente em suas mentes, creio eu, pois em argumentos provo que pagamos para simplesmente existir.
Dizem que todo ser humano tem direito à moradia, alimentação, assistência médica e educação, parece muito altruísta na teoria, e assim eu gostaria que o fosse na prática.
Contudo, observe o que ocorre em qualquer esquina,quem não possui verba, não possui residência, quem não paga, não se alimenta, a não ser à custas da ajuda alheia, quem não paga, fica a mercê de hospitais públicos, que sicneramente não estão em condiçãoes de suprir à realidade que se mostra sem gracejo.
Estamos sendo consumido pelos nossos desejos excessivos, pela ganância, pelo ser malígno criado por nós mesmos, talvez a mera representação física da psique-humana, totalmente conturbada, que de forma desenfreada, entrega-se aos prazeres em excesso, ao mal em excesso que cada vez mais nos escraviza.
Morreremos de fome, pois transformamos o alimento sagrado, em produto, morreremos de frio, pois o lar bendito, é um produto, morreremos sedentos de saber, pois a educação é algo comercial, e não primordial, morreremos pela doença, pois só temos direito à vida, se pagarmos por ela. Talvez sejamos um produto, com código de barras e validade, embalagem e tudo mais.

sábado, 16 de fevereiro de 2008

Sonhos

Queria eu saber o que significa sonhar, caso algum leitor de mais um pensamento meu tenha encontrado a resposta para essa infindável questão, para essa inequação, para algo que supostamente teria resposta, me avise, me conte, nem que seja por telepatia. Bom, sei que não parece a atividade mais exaltante para um sábado a noite, redigir, na verdade digitar pensamentos que não possuem respostas e que certamente não irão ajudar-me a encontrar tudo aquilo que eu tanto procuro. No entanto, esclareço que quanto mais eu deito minhas mão em folhas de papel, no caso, quanto mais eu entrego a ponta de meus dedos ao objeto que traduz tudo que eu penso, o teclado, mais eu divago, mais eu sonho, mais eu percebo que a vida não passa de momentos de puro devaneio. Pergunto-me agora, sem rodeios, seria tudo isso a resposta para o significado do verbo ''SONHAR'', ou tudo que eu expuz até o presente momento não passaria de uma grande perda de tempo?
A resposta ainda não fora encontrada, e eu volto a pedir a ajuda de qualquer um, qualquer um mesmo que leia este fragmento de pensamento, condensado em letras, frases, palavras, ínfimas palavras que carregam em si a essência de toda a minha questão.
De fato, todos já sonharam, seja acordado, enquanto o corpo desliza por fileiras e fileiras de gente, sentindo-se só, mesmo que rodeado de almas, seja naqueles momentos em que o sono é tão pesado, que uma chuva de meteoros é incapaz de nos acordar.
Creio eu, quase que em totalidade, que todos já sentiram o mesmo que eu já sentira, a grande questão é externar esse sentimento, é compreende-lo, é não frustar-se de forma que nos tornermos pessoas amarguradas ou tristes, e em especial, é continuar a saber sonhar, mas de forma organizada, prática e consciente.
Sonhar conscientemente, parece uma piada, uma brincadeira, um jogo, eu sei, contudo, faz-se nescessário sonhar com prudência, pois existe um elo mto sutil e perigoso, é quando deixamos de viver sonhando, e passamos a sonhar vivendo, isso é algo que tento a todo custo que não me ocorra, perder o real sentido da vida, deixar de distinguir a fantasia da realidade, a realidade do desejo, o desejo da insanidade.
Permitam-me que eu façe a seguinte ressalva: É até saudável que nos desprendamos totalmente do nosso mundo, seja por um dia, por alguns dias, um mês talvez, mas certamente por mais atraente que seja esse sonho, ele deve acabar, ele precisa de um ponto final. É como aqueles livros, magníficos, que a cada página, nos tornamos mais e mais reféns do enredo, e somos envolvidos totalmente, do corpo à alma, da alma à mente, e o motivo para tal envolvimento é simples, muito simples, somos seres sonhadores, sem sonhos não temos fé e esperança, sem fé e esperança, somos meras maquinas, é isso que distingue o ser humano de qualquer outro animal no globo terreste, a nossa natureza sonhadora e esperançosa.
Não sei bem, se consegui traduzir o grandioso e complexo sentimento que reside em nós, não sei se todos concordarão comigo, ao menos sei se alguém estaria disposto a perder seu tempo com as minhas meras e tolas palavras, realmente não sei, porém sei que nelas há pura sinceridade.
Eu diria que vivo sonhando, vivo de sonhos, sonho porque vivo, quem vive de certo sonha, e sonhar significa desejar sempre seguir em frente, sonhar significa ter fé, ter esperança, quem não as tem, não vive, apenas sobrevive, contudo digo que não sou um sonho, sou realidade, nua e crua, sou tangível e intangível, por isso eu sonho.

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2008

Ser Humano

Venho novamente aqui, falar sobre o assunto mais complicado, mais delicado, mais minucioso que existe na face da terra, no globo, em nossa galáxia ou talvez em toda a magnitude do universo, o ser humano. Dizem que está escrito na bíblia, que nós seres humanos seríamos fragmentos de deus, todo poderoso, aquele que tudo Vê, aquele que todo lugar ocupa, aquele que tudo pode. Logo venho à concluir que seríamos criaturas divinhas, esculpidas pelas mais habilidosas, criativas e minuciosas mãos, as de deus. Contudo é preciso refletir a respeito de alguns detalhes, que me fazem por em questão se somos de fato a imagem e semelhança da divindade. Bom, devo assumir que muitas veses, nós humanos, pequenas formigas diante da grandiosidade de tudo aquilo que criastes o nosso ''pai', para os mais religiosos, agimos de boa fé, tendo única e exclusivamente a intenção de fazer o bem, de auxiliar, de trazer paz e conforto `aqueles que realmente necessitam.

Entretanto, agimos de forma paradoxal, logo após concluir um ato de bom grado, agimos de forma a por tudo a se perder...
Destruímos o nosso próprio planeta, em troca da economia, que nao pode ''parar'', matamos pessoas, por interesses políticos ou econômicos, manipulamos a vida de animais, como se fossem nossos pertences e magoamos nossos semelhantes, por mera vaidade, egoísmo, egocentrismo ou por pura maldade.
Portanto, venho a questionar novamente, a divindade que reside em nosso peito, em nosso íntimo, em nossa vida. Seríamos nós, criaturas divinas, semi-deuses, ou seríamos aberrações da natureza, a mais desprezível de todas as criaturas, se é que merecemos ser chamado de criatura.
No momento, poderia filosofalmente concluir que possuímos os dois lados da moeda, somos deuses e demônios ao mesmo tempo, somos bons e ruins ao mesmo tempo, somos tudo aquilo que desejamos ser, o que nos leva, o que nos transforma é a motivação que nos guia para os caminhos que desejamos seguir.
Outra característica nossa, é quando decidimos os caminhos que serão seguidos, caminhos que são como estradas e que nos trarão grandes desafios, portanto se faz necessário entender que todo caminho por mais sereno que se aprensente, terá espinhos, pedras e tudo mais que possa nos ferir, só que somos tão cegos e tão tolos, que simplesmente ignoramos todo e qualquer sinal da vida, e levitamos ao longo das escolhas, ao longo dos caminhos.
E algo é extremamente cômico na vida das pessoas, sempre que decidem seguir o fluxo de sua vida, sempre que se permitem navegar nos ríos que assim desejam, encontram motivos para retroceder, para travar, para simplesmente não tomarem decisão alguma. E assim se passam anos e anos, chances e chances, essas situaçãoes nos fazem aprender, mas questiono se realmente tiramos disso tudo o verdadeiro significado, se realmente desvendamos os verdadeiros mistérios, ou se simplesmente somos engolidos cada vez mais pelas duvidas, peloas enigmas, pelas questoes...
Creio que somos a equação mais complexa, quase impossível de ser resolvida, e toda essa dúvida se estende de pessoa para pessoa, dividimos dúvidas, complexidades e tantas outras coisas, e isso faz que envolvamos todo o planeta na natureza dúbia que comanda o ser humano, ou o espelho quebrado de deus, que reflete uma imagem torta e fora de sintonia, pois creio que deus venha a ser muito mais que uma caixa de dúvidas e sentimentos misturados, do amos ao ciúme, da raiva à paixão, da paixão ao dessabor pela mera existência.
Somos seres humanos, quase alguma coisa, somos quase nada, somos o que somos, e esse pouco que somos não representa nada aos pés do redentor, aos olhos de qualquer ser superior, ou ao simples vazio que toma o universo.

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2008

O Coração, O Armário

Coração, talvez o mais famoso de todos os órgãos do corpo humano, centro das atenções, músculo que pulsa sangue, para a medicina, mas que pulsa emoções, para o linguajar corriqueiro. Coração que nos faz almejar, que nos faz fantasiar, que nos faz chorar, que nos faz ter raiva. É, por mais que sejamos racionais, frios e calculistas, lá no fundo, lá no amago de nossa estrutura corpórea, o tal coração dá a cartada final, diz como quer que nos portemos, e nós, meros instrumentos de sua vontade, cumprimos para com a nossa única função: Ser o agente que leva ao coração tudo aquilo que o mesmo deseja. Será que poderíamos comparar um coração à um armário? Inicialmente parece uma idéia insana, eu sei, entretanto se formos listar as características em comum do citado orgão para com o objetivo cóm função exclusiva do armazenamento de roupas e utensílios, iremos notar características em comum. Sempre temos mais roupas do que devíamos, assim estocadas em nosso armário, assim como temos mais sentimentos do que devíamos, estocados em nosso coração. Não quero dizer que devíamos nos tornar pessoas mais ou menos sentimentais, mas sim pretendo afirmar que muitas vezes, existem em nosso minúsculo coração, sentimentos que podem e devem ser descartados, um benefício para nossa saúde mental e espiritual. Como eu havia dito antes, possuímos mais roupas e sentimentos do que deveríamos em nossos armários e corações, logo quando procuramos algo específico, seja no armário ou no coração, ou ainda quando alguém seja lá pelo motivo qual for, abre a porta de nossos armários ou corações, há uma grande tendência de que as roupas pulem agresivamente do seu local de residência, assim como fazem os sentimentos, saltam com tamanha força de nosso peito, atirando-se ao chão, esparramando-se de forma a nos deixar dando pinotes, para conseguirmos reunir as roupas ou sentimentos, antes estocados de forma segura, ou pelo menos assim parecia.
Digamos que o processo de reorganização seja bem mais facil e lógico, quando se trata das roupas e o armário, pois não há pessoas nem sentimentos envolvidos, ou seja, temos o mero trabalho de coleta-las, dobra-las e guarda-las da melhor forma possível, é claro que se o número de roupas for grande, haverá maior dificuldade.
Falemos agora da parte mais importante, agradável e difícil ao mesmo tempo, o coração. Quando resolvemos abrir as portas de nossos corações, e os sentimentos antes guardados se jogam, esparramando-se, de forma tão avassaladora, que é extremamente complicado colhe-los de forma eficaz e rápida, e nesse processo há um grande mal, expor o tão frágil coração, ao deixar suas portas abertas. É neste momento, que fatos marcantes ocorrem, assim marcamos o nosso orgão mais famoso, de tantos e tantos contos, de tantas e tantas estórias.
Digamos que o processo de reorganização dos sentimentos sejam bem mais lentos e absurdamente mais complicado do que colher roupas. E quando conseguimos reorganizar todos os nossos sentimentos e tranca-los novamente à sete chaves no já citado orgão, esses sentimentos ficam em estado de mutação, até que se acalmem e se restabeleçam.
O maior desafio, é saber que esse estado de paz interior dentro de nosso coração é temporário, e que em certo tempo, haveremos de abrir suas portas, deixando que os sentimentos, que são como vírus, mudam sua constituição, apresentando-se de forma diferente, irão nos trazer nossas sensações, e criarão novas cicatrizes no regente de nossa vida, o coração.

Apresentação

Eis aqui eu novamente. Resolvi não diria perder contato com o meu início no mundo das letras e do papel, pois creio que será um romance eterno, e poderemos nos corresponder das mais variadas formas, mas resolvi declarar todo o meu amor ao mundo dos escritos de uma forma diferente da qual eu sempre fiz. Espero conseguir aqui, manter o nível regular, qual eu de certa forma havia atingido com os meus pensamentos para alguns, ensaios, segundo a literatura e poesias, para a maioria das pessoas, criando alguns enredos que pelo menos possam servir de tira-gosto para as pessoas, quando não possuírem nada melhor a fazer. E mais uma aventura do sonhador Romulo se inicia, mesmo que ela não o leve a lugar algum.